
Devemos sempre pensar duas vezes (ou mais) quando fazemos algumas coisas. Nós temos liberdade de ação (isso constitui a nossa autodeterminação), mas devemos fazer bom uso dessa liberdade. Liberdade não é fazer o que bem entendemos. É disso que a ética cuida. De como devemos fazer bom uso da nossa liberdade.
Há costumes que embora aceitos por grande parte da sociedade não deveriam ser seguidos por nós. Imagine uma sociedade autoritária ou intolerante e discriminatória, que maltrata os negros, os homossexuais, os pobres, as mulheres etc. Por mais que isso seja um costume comum dentro de alguns segmentos sociais, nós temos que fazer bom uso da nossa liberdade para refutar esse tipo de comportamento.
Nós temos que ter liberdade de eleger o que nos convém e o que não nos convém. E ninguém pode decidir as coisas em nosso lugar. Há costumes ou mesmo ordens que são absurdas. Por mais que sejam seguidas por uma grande quantidade de pessoas, nós não podemos deixar de rechaçar as que são imorais.
Tudo quanto acaba de ser descrito foi recordado, no último dia 14.06.11, em São Paulo (promoção da Fronteiras do Pensamento), pela iraniana Doutora Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003, que hoje é advogada e ativista dos direitos humanos, exilada na Inglaterra, em virtude da sua defesa das mulheres frente ao fundamentalismo, especialmente diante do governo iraniano. Foi a primeira juíza do seu país, mas destituída do cargo, por ser mulher, depois da vitória da revolução fundamentalista de 1979.
O atual governo do Irã, na medida em que tolhe os direitos das mulheres, embora vitorioso, não pode ser tido como um sucesso. Não existe sucesso sem ética. Manifeste. Dê sua opinião.
Fonte:LFG
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