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sexta-feira, agosto 12, 2011

Grupo faz passeata contra violência sexual em Campinas (SP)

Estudantes e moradores do distrito Barão Geraldo, em Campinas (a 93 km de São Paulo), protestaram na tarde desta quinta-feira (11) contra atos de violência sexual contra as mulheres.
Segundo a organização, cerca de 400 pessoas participaram do evento. Já a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), responsável pelo trânsito na cidade, estipula que entre 250 e 300 manifestantes aderiram à passeata.
A delegacia do distrito afirma que, neste ano, foram registrados dois casos de estupro, um deles de uma aluna da Unicamp que foi sequestrada, roubada e violentada em 18 de julho. Já a organização da marcha afirma que o número é muito maior, mas há dificuldades para o registro da ocorrência.
"A Delegacia da Mulher fica no centro da cidade, distante das mulheres que estudam, trabalham e vivem em Barão Geraldo. Esse já é um fator inibido", afirmou uma das organizadoras do protesto, Carina Neder Petrini."As mulheres precisam poder lidar com pessoas capacitadas para perder o medo [de denunciar]. Muitos casos são omitidos por elas, mas nenhum número de estupro pode ser visto como normal."
Para Petrini, a intenção da passeata foi dar visibilidade a um problema que muitas vezes é banalizado pela sociedade. "A mulher ainda é tratada como objeto, e isso não é aceitável nem banal", afirmou.
A filósofa Marilei Bueno Lopes, 65, que mora no distrito há 30 anos e esteve na passeata, diz que "ainda existe uma cultura de violência contra a mulher que precisa ser revista".
O delegado do 7º Distrito Policial, José Carlos Fernandes da Silva, afirmou ser favorável à manifestação e disse que as investigações dos dois casos de violência sexual estão adiantadas, em fase de reconhecimento de suspeitos. Segundo Silva, não há, no entanto, uma "onda" de estupros na região. 

Fonte:Folha.

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