Total de visualizações de página

sexta-feira, março 16, 2012

FLORÂNIA – História, Geografia e Aspectos Políticos-Culturais.(1º Fascículo)

O Blog Coisas de Florânia compromissado com o SABER COLETIVO das nossas coisas lança em primeira mão a categoria FLORÂNIAHistória, Geografia e Aspectos Políticos-Culturais.
Essa categoria é subdividida em vários fascículos, tornando de fácil acesso uma pesquisa mais profunda sobre o município de Florânia/RN.
Nesse primeiro “fascículo virtual” abordaremos o contexto histórico regional e local, tendo por relevância a OCUPAÇÃO, POVOAÇÃO E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL do município.
Ao término das postagens desses fascículos disponibilizaremos as referências bibliográficas utilizadas nessa categoria.
FLORÂNIA
História, Geografia e Aspectos Políticos-Culturais.
Por Junior Galdino
OCUPAÇÃO, POVOAÇÃO E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
Não se pode explicar o processo de povoamento do sertão nordestino sem se levar em conta a formação e expansão do ciclo do gado a partir do século XVII e o ciclo do algodão, sobretudo, no século XIX.
Estes fatores socioeconômicos contribuíram diretamente para que os migrantes, vindos basicamente de Portugal e Pernambuco se fixassem a terra onde as condições de criação e / ou do plantio fossem propícias.
Esses migrantes, normalmente constituídos por indivíduos da classe dominante, requeriam datas de sesmaria, que eram verdadeiros latifúndios, para poder instalar suas fazendas onde pudessem cultivar e criar gado e dessa forma, dinamizar o povoamento.
O surgimento do município de Florânia, localizado na microrregião Serra de Santana, só pode ser compreendido a partir deste contexto.
Criado em 20 de outubro de 1890, com o nome de FLÔRES. Desmembrado do Acari. Cidade em 28 de outubro de 1936. Nome atual em 30 de dezembro de 1943.
Com ocupação pela pastorícia na primeira metade do Séc. XVIII. O mais antigo documento que conheço é a sesmaria concedida a Gervásio Pereira de Morais, em 9 de janeiro de 1719, terras no Riacho dos Olhs-d’Água das Pedras, Riacho das Milharadas dos Gentios  e Serra  do Quinquê.  Já existiam as posses anteriores de Nicolau Mendes, Francisco Marques e Manoel do Vale.  Cosme de Abreu Maciel dizia possuir em 1726 sítios em Patacurá, Maçaritã, Periquito, Riacho da Luísa, legalizados em 1756, e também o sítio Passaribu, casas, currais e cercados de plantio pelo Cucuê e Riacho Fechado do Antônio, nome denunciando presença cristã anterior, batizando afluente do Rio Roçaurubu. Posses em 1743 com domínio legal em 1754.
Os “Atanásios”, sangue do neto ou bisneto de um pioneiro Atanásio Fernandes de Moraes, (1790-1860), fundaram a povoação. Eram 22 filhos e 482 netos e bisnetos, sementes suficientes para a continuidade grupal. Em 1856, Ano da Cólera, o velho Atanásio fez o voto de construir Capela a São Sebastião se os moradores ficassem incólumes do flagelo. Faleceu em 1860, mas a viúva e filhos cumpriram a promessa em 1865, aproveitando a presença do grande missionário Padre (e não Frei) Dr. José Antônio de Maria Ibiapina, (1806-1885), vindo do Acari onde fundara, em 1864, uma Casa de Caridade, desaparecida por falta de manutenção. Em dezembro de 1866 a Capela foi inaugurada sendo Matriz em 1904.
Chamava-se a localidade “ROÇA DO URUBU” e em 1865 “FLÔRES DO VOSSURUBU”. O Distrito de Paz menciona “POVOAÇÃO DE FLÔRES” em agosto de 1873. A Lei n° 16, de 16 de março de 1835, criando o município do Acari, oficializa a grafia: – ROSSARUBU.
É atribuído ao português, da cidade de Porto/Portugal, Cosme de Abreu Maciel a fundação do município de Florânia. A povoação foi fundada pelo seu filho Atanásio Fernandes de Moraes junto com sua esposa Izabel, seus 22 filhos, 482 netos e bisnetos.

http://coisasdeflorania.com/2011/07/07/florania-historia-geografia-e-aspectos-politicos-culturais-1%C2%BA-fasciculo/

Nenhum comentário:

Postar um comentário