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sexta-feira, março 16, 2012

Promotoria solicita inquérito contra advogada de Lindemberg por ofensa Ana Lúcia Assad bateu boca em júri e mandou juíza do caso 'estudar'. Lindemberg Alves foi condenado a 98 anos por morte de Eloá e 11 crimes.


ana lúcia assad (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE) 

O Ministério Público de São Paulo solicitou nesta quinta-feira (15) a abertura de inquérito contra a advogada Ana Lúcia Assad, defensora de Lindemberg Alves, por entender que ela ofendeu a juíza que presidiu o julgamento do acusado, entre os dias 13 e 16 de fevereiro. Lindemberg foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão por 12 crimes, incluindo matar Eloá Pimentel e balear Nayara Rodrigues da Silva, no caso ocorrido em 2008 em Santo André, no ABC.
G1 não conseguiu falar com a advogada na noite desta quinta.
A promotora Iusara Brandão decidiu pedir o inquérito após receber cópia da ata do julgamento, segundo a assessoria do Ministério Público. A solicitação foi enviada à Delegacia Seccional de Santo André.
Durante o julgamento, a advogada Ana Lúcia bateu boca diversas vezes com a juíza Milena Dias, a promotora Daniela Hashimoto e os assistentes de acusação. A advogada chegou a dizer que a juíza deveria "voltar a estudar", após ser contrariada por reclamar de um ponto técnico durante o júri.
A juíza considerou, à época, ter ocorrido crime contra a honra, já que a frase foi proferida de "forma jocosa, irônica e desrespeitosa". A promotora reforçou o argumento de desacato e ameaçou Ana Lúcia de processo.
Condenação
Além de ser condenado a cumprir a pena de 98 anos, Lindemberg vai ter que pagar 1.320 dias-multa. A decisão saiu pouco mais de três anos após ele sequestrar e matar Eloá.

Para chegar à conclusão de que ele foi culpado pela morte, os jurados ouviram os depoimentos dos jovens que também foram sequestrados por Lindemberg, dos policiais que atuaram no caso e do próprio Lindemberg. Foi a primeira vez que o condenado falou sobre o sequestro.
"Além de eliminar a vida de uma jovem de 15 anos e quase matar Nayara e o bravo policial militar Atos Valeriano, causou enorme transtorno para a sociedade e para o estado", afirmou a juiza, na sentença.
Lindemberg ouviu a sentença de cabeça baixa. Ele não poderá recorrer em liberdade. Logo depois do término do júri, ele foi levado para o presídio de Tremembé.

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