SÃO PAULO, 15 Jun (Reuters) - A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, ocorre até o dia 22 de junho no Rio de Janeiro com a presença de 130 chefes de Estado e representantes, e é realizada vinte anos depois da primeira reunião da ONU para discutir o desenvolvimento sustentável, a Eco 92, considerada um marco na questão.
Veja abaixo outros detalhes sobre a conferência:
O QUE É?
O objetivo da Rio+20 é discutir uma nova agenda para os próximos 20 anos para garantir o compromisso com o desenvolvimento sustentável, discutir o que já foi alcançado e quais são os obstáculos para a implementação de ações sustentáveis.
Serão dois focos principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e estrutura institucional para discutir propostas para uma reforma na governança global.
Dentro destas duas áreas, outros sete temas foram apontados como prioritários, e incluem acesso à energia, água, segurança alimentar e agricultura sustentável, empregos verdes e inclusão social.
Nos três dias finais da conferência, haverá a última etapa, o Segmento de Alto Nível, em que chefes de Estados e representantes de aproximadamente 130 países participam de debates e negociações para ratificarem um documento.
QUAIS DEVEM SER OS RESULTADOS?
A conferência deverá resultar na elaboração de um documento relativamente curto, com cerca de 20 páginas, que funcionará como uma agenda de metas que pautarão as posturas dos governos e países em relação ao desenvolvimento sustentável.
Deseja-se estabelecer metas de desenvolvimento sustentável, com prazos e objetivos numéricos, nas áreas dos temas considerados prioritários.
De caráter político, o texto não prevê obrigatoriedade, mas implica fortes compromissos e recomendações aos países membros.
RIO+20 E A CRISE
A crise econômica internacional deve ofuscar parte dos debates da Rio+20 e comprometer a criação de novos projetos de sustentabilidade.
Os países desenvolvidos, tradicionais financiadores de programas de preservação ambiental, são alguns dos mais atingidos pelas turbulências, e devem se restringir em se comprometer com novos acordos.
A ausência de importantes líderes mundiais como o presidente norte-americano, Barack Obama; a chanceler alemã, Angela Merkel; e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, também diminuiu as expectativas com os resultados das negociações da Rio+20.
No entanto, o secretário-geral da ONU para o evento, o chinês Sha Zukang, afirmou que a ausência dos chefes de Estado não significa um fracasso da conferência, pois eles serão representados em "alto nível", e que a Rio+20 "será bem sucedida e terá bons resultados".
(Por Daniela Ades)
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