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quinta-feira, setembro 27, 2012

Habeas Corpus é negado ao presidente da Câmara de Assu


Negado por unanimidade na manhã de hoje, Habeas Corpus ao ex-presidente da Câmara de Assú, Odelmo de Moura Rodrigues. O parlamentar é acusado de envolvimento em crime de homicídio e foi preso a partir das investigações da Operação Mal Assombro. 

Odelmo de Moura Rodrigues  foi preso durante a Operação Mal Assombro, promovida pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil no final do mês de maio, acusado de liderar uma quadrilha de pistoleiros no Município de Assu.
 
Um deputado estadual do Rio Grande do Norte era alvo da quadrilha de pistoleiros liderada pelo então presidente da Câmara. De acordo com informações da Polícia Civil, a quadrilha cometia assassinatos por motivos diversos, que vão desde brigas pessoais até possíveis disputas econômicas e políticas. Porém, nos últimos anos, também foram executados pistoleiros que pertenciam ao próprio grupo, com o objetivo de "queima de arquivo".
 
Representantes do Ministério Público Estadual, do Poder Judiciário e da Polícia Civil passaram a sofrer intimidações e ameaças em razão das investigações de crimes de pistolagem no município de Assu. A Procuradoria-Geral de Justiça informou que os Promotores de Justiça da Região vão contar com o apoio de toda a estrutura do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), como forma de garantir a continuidade à apuração dos crimes e reforçar a atuação do Ministério Público.

Histórico

A Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe), sob o comando do delegado Odilon Teodósio dos Santos Filho, realizou no final do mês de maio deste ano uma operação com o intuito de combater a prática de pistolagem que existe há anos nas cidades de Assu, Itajá e Guamaré, denominada de 'Mal-Assombro'.

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 02 mandados de prisão, inclusive no gabinete da presidência da Câmara de Vereadores de Assu. A operação que contou com o apoio do Ministério Público durou 48h e resultou, na prisão de 11 pessoas entre elas um vereador, 21 armas de fogo, entre espingardas, pistolas, revolveres, rifles, granada, várias munições de diversos calibres e de uso proibido, máquina de recarregar munição além de três camisas e um colete da Polícia Civil.

Os presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e/ou munições foram: o vereador Odelmo de Moura Rodrigues, Francisco Cesar da Silva, José Josemar da Silva, Magno Valério Silva Florentino, Teófilo Fonseca Neto, Lindomar Adelino da Fonseca, Seginaldo Batista da Silva, Evandro Fonseca de Oliveira , Saulo de Tasso Rocha Lopes, Josian Pimentol da Silva e Luiz de França da Fonseca Filho.

Em junho, pessoas envolvidas nas investigações, direta ou indiretamente, entre juízes, promotores, agentes da Polícia Civil e policiais militares, foram alvos de ameaças por meio de ligações, bilhetes, atitudes ou gestos suspeitos que caracterizam uma forma de ameaça. Como consequência das tentativas de intimidação, mais dois juízes foram encaminhados pelo Tribunal de Justiça para a Comarca de Assú, quatro promotores foram deslocados pelo Ministério Público Estadual, mais doze policiais militares encaminhados pelo Comando Geral da Polícia Militar e mais um grupo de agentes da Polícia Civil atuam na região do Vale do Açu. Toda esta logística teve o intuito de assegurar a integridade física dos profissionais investigadores e não interromper a operação que ainda segue em andamento.


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